sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Repressos

Teus lábios são convite
ao vinho conjugal
já desmistificado.
Das ordens eclesiásticas
tão censurados.
Síntese de toda fagulha
que adentra
o véu do coração humano
e assopra o suco do desejo.
Exprime nas artérias
toda a ardência dos corpos
que se contorcem na ânsia
de se fundirem.
Nos desejos
já tão "repressos",
amarga a inutilidade do saciar-se,
evapora um aroma absinto
ressuscitando nos poros
a vontade da carne
que vem como fogo
e gelo no âmago humano,
destilando o veneno de Eros
e imergindo a pureza da criança.

Verena Venancio Piracicaba-SP 07/04/05

Um comentário:

Anônimo disse...

Devolvo em dobro os elogios prestados a mim, olha, o sentimentos que coloca em suas palavras são capazes de fazerem o leitor se adentrar ao perfeito mundo do amor, onde se encontra respostas a tantas meditaçoes. esse poema seu é lindo, tem algo que somente os sentimentais poderão entender.
Parabéns pelo talento e pela personalidade.

Paulo Zamora
Três Lagoas MS 13 de Setembro de 2008

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