quinta-feira, 31 de julho de 2008

Teia da amizade

A vida nos prega tantas peças e, da mesma forma, ou até em dobro, nos dá inúmeros presentes. São conflitos, angústias, alegrias, divertimentos, amizades inesquecíveis.
Quando pensamos que ela, a vida, parou com suas surpresas, surgem novas emoções, novos olhares que nos envolvem numa teia de sentimentos compartilhados ao lado daqueles que nos cativam e nos mostram o quanto é maravilhoso sermos amantes do bem, do amável, do companheirismo. Neste momento, não importa o tempo e, sim, o sorriso, a cumplicidade divididos e somados, ampliando o círculo amigo, confidencial que se faz a nossa volta, fortalecendo a nossa condição de seres sociáveis.
Não somos ilhas, somos continentes ligados por estradas da compreensão, do afeto, do carinho, do amor, do zelo... e já não sabemos viver sem elas, sem as ligações que nos proporcionam tanto bem-estar e realizações.
Mas, infelizmente, surgem momentos nos quais essas estradas recebem um black-out , isso, quando a despedida se infiltra na nossa teia rompendo as ligações que com tanto carinho foram costuradas, moldadas, alicerçadas. Contudo, o afeto, um dia semeado, permanece, ainda que despedidas ocorram para que novas estradas, novas pontes sejam construídas nessa trajetória que conhecemos como: vida.
Seria egoísmo querermos manter sempre ao nosso lado aqueles, cuja amizade nos é valiosa, pois é preciso que esse valor seja expandido, que outros também tenham o privilégio de se deliciar com essa dádiva tão importante e essencial para o crescimento e formação do caráter humano.

By Verena Venâncio – 20/12/2007

terça-feira, 22 de julho de 2008

Saudade


Saudade sinto sem saber
se saudade se sente, se sacia,
se sensibiliza.
Simplesmente saio sem sofrer
sobre, sob saudade.
Sabidamente sabiá soletra
sua saudade santa,
sua sensibilidade sensacional.
Saborosamente soa sabidamente
sem saber se saudade será sincera.
Sinceramente sabiás sempre sentem saudades,
soam seus sacramentos, suas sagacidades.
Seus sagrados sinos saltam salvando saudade,
sancionando silêncio.
sanfoneiros semeiam sementes saudosas,
“serestamente” santos soam sublimente
saudade, silenciosa saudade.
Sensata, sensitiva, sensorial, sensual.

Verena Venâncio (Piracicaba-SP 22/04/07)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Desejar você

Desejar você é como desejar o vento.
Tê-lo apenas por um segundo
Sem saber se o depois irá chegar.

Desejar você é como desejar o mar,
Arriscar-se ao atingir o Oceano,
Nadando longe da praia
Sem ao menos uma proteção.

Desejar você é como desejar as estrelas
Vê-las ao longe apenas
Sabendo que existem,
Mas não podem ser tocadas.

Desejar você é como desejar a lua
Tão distante do sol
E por outro habitada.

Verena Venancio

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Tua presença

Tua presença é assim:
Louca
Envolvente
Enlouquecedora
Arrebatadora.

E é assim
Que te desejo.
Mais perto
Do corpo
Que te almeja.
Mais perto
Do coração
Que te ama.
Mais perto
Do sentimento
Que te espera.

Verena Venancio - Clirc